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“Bullying” - O que é ?

O bullying é um termo ainda pouco conhecido do grande público. De origem inglesa e
sem tradução ainda no Brasil, é utilizado para qualificar comportamentos agressivos no
âmbito escolar, praticados tanto por meninos quanto por meninas. Os atos de violência
(física ou não) ocorrem de forma intencional e repetitiva contra um ou mais alunos que se
encontram impossibilitados de fazer frente às agressões sofridas. Tais comportamentos não
apresentam motivações específicas ou justificáveis. Em última instância, significa dizer que,
de forma “natural”, os mais fortes utilizam os mais frágeis como meros objetos de diversão,
prazer e poder, com o intuito de maltratar, intimidar, humilhar e amedrontar suas vítimas.



QUAIS SÃO AS FORMAS DE BULLYING? NORMALMENTE, EXISTEM MAIS
MENINOS OU MENINAS QUE COMETEM BULLYING?
As formas de bullying são:
• Verbal (insultar, ofender, falar mal, colocar apelidos pejorativos, “zoar”)
• Física e material (bater, empurrar, beliscar, roubar, furtar ou destruir pertences da vítima)
• Psicológica e moral (humilhar, excluir, discriminar, chantagear, intimidar, difamar)
• Sexual (abusar, violentar, assediar, insinuar)
• Virtual ou Ciberbullying (bullying realizado por meio de ferramentas tecnológicas:
celulares, filmadoras, internet etc.)
Estudos revelam um pequeno predomínio dos meninos sobre as meninas. No entanto, por
serem mais agressivos e utilizarem a força física, as atitudes dos meninos são mais visíveis.
Já as meninas costumam praticar bullying mais na base de intrigas, fofocas e isolamento
das colegas. Podem, com isso, passar despercebidas, tanto na escola quanto no ambiente domestico.

3. EXISTE ALGUMA FORMA DE BULLYING QUE SEJA MAIS MALÉFICA? O
CIBERBULLYING É PIOR DO QUE O BULLYING TRADICIONAL?
Uma das formas mais agressivas de bullying, que ganha cada vez mais espaços sem
fronteiras é o ciberbullying ou bullying virtual. Os ataques ocorrem por meio de ferramentas
tecnológicas como celulares, filmadoras, máquinas fotográficas, internet e seus recursos (emails,
sites de relacionamentos, vídeos). Além de a propagação das difamações ser praticamente
instantânea o efeito multiplicador do sofrimento das vítimas é imensurável. O ciberbullying
extrapola, em muito, os muros das escolas e expõe a vítima ao escárnio público. Os
praticantes desse modo de perversidade também se valem do anonimato e, sem nenhum
constrangimento, atingem a vítima da forma mais vil possível. Traumas e consequências
advindos do bullying virtual são dramáticos.

4. QUAL O CRITÉRIO ADOTADO PELOS AGRESSORES PARA A ESCOLHA DA VÍTIMA?
Os bullies (agressores) escolhem os alunos que estão em franca desigualdade de poder,
seja por situação socioeconômica, situação de idade, de porte físico ou até porque numericamente
estão desfavoráveis. Além disso, as vítimas, de forma geral, já apresentam
algo que destoa do grupo (são tímidas, introspectivas, nerds, muito magras; são de credo,
raça ou orientação sexual diferente etc.). Este fato por si só já as torna pessoas com baixa
autoestima e, portanto, são mais vulneráveis aos ofensores. Não há justificativas plausíveis
para a escolha, mas certamente os alvos são aqueles que não conseguem fazer frente às
agressões sofridas.
5. QUAIS AS PRINCIPAIS RAZÕES QUE LEVAM OS JOVENS A SEREM OS
AGRESSORES?
É muito importante que os responsáveis pelos processos educacionais identifiquem com
qual tipo de agressor estão lidando, uma vez que existem motivações diferenciadas:
1. Muitos se comportam assim por uma nítida falta de limites em seus processos educacionais
no contexto familiar.
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2. Outros carecem de um modelo de educação que seja capaz de associar a autorrealização
com atitudes socialmente produtivas e solidárias. Tais agressores procuram
nas ações egoístas e maldosas um meio de adquirir poder e status, e reproduzem os
modelos domésticos na sociedade.
3. Existem ainda aqueles que vivenciam dificuldades momentâneas, como a separação
traumática dos pais, ausência de recursos financeiros, doenças na família etc. A violência
praticada por esses jovens é um fato novo em seu modo de agir e, portanto,
circunstancial.
4. E, por fim, nos deparamos com a minoria dos opressores, porém a mais perversa.
Trata-se de crianças ou adolescentes que apresentam a transgressão como base estrutural
de suas personalidades. Falta-lhes o sentimento essencial para o exercício do
altruísmo: a empatia.
6. QUAIS SÃO OS PRINCIPAIS PROBLEMAS QUE UMA VÍTIMA DE BULLYING PODE
ENFRENTAR NA ESCOLA E AO LONGO DA VIDA?
As consequências são as mais variadas possíveis e dependem muito de cada indivíduo,
da sua estrutura, de vivências, de predisposição genética, da forma e da intensidade das
agressões. No entanto, todas as vítimas, sem exceção, sofrem com os ataques de bullying
(em maior ou menor proporção). Muitas levarão marcas profundas provenientes das agressões
para a vida adulta, e necessitarão de apoio psiquiátrico e/ou psicológico para a superação
do problema.
Os problemas mais comuns são: desinteresse pela escola; problemas psicossomáticos;
problemas comportamentais e psíquicos como transtorno do pânico, depressão, anorexia e
bulimia, fobia escolar, fobia social, ansiedade generalizada, entre outros. O bullying também
pode agravar problemas preexistentes, devido ao tempo prolongado de estresse a que a
vítima é submetida. Em casos mais graves, podem-se observar quadros de esquizofrenia,
homicídio e suicídio.
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7. COMO PERCEBER QUANDO UMA CRIANÇA OU ADOLESCENTE ESTÁ SOFRENDO
BULLYING? QUAL O COMPORTAMENTO TÍPICO DESSES JOVENS?
As informações sobre o comportamento das vítimas devem incluir os diversos ambientes
que elas frequentam. Nos casos de bullying é fundamental que os pais e os profissionais da
escola atentem especialmente para os seguintes sinais:
Na Escola:
No recreio encontram-se isoladas do grupo, ou perto de alguns adultos que possam
protegê-las; na sala de aula apresentam postura retraída, faltas frequentes às aulas, mostram-
se comumente tristes, deprimidas ou aflitas; nos jogos ou atividades em grupo sempre
são as últimas a serem escolhidas ou são excluídas; aos poucos vão se desinteressando
das atividades e tarefas escolares; e em casos mais dramáticos apresentam hematomas,
arranhões, cortes, roupas danificadas ou rasgadas.
Em Casa:
Frequentemente se queixam de dores de cabeça, enjoo, dor de estômago, tonturas, vômitos,
perda de apetite, insônia. Todos esses sintomas tendem a ser mais intensos no período
que antecede o horário de as vítimas entrarem na escola. Mudanças frequentes e intensas
de estado de humor, com explosões repentinas de irritação ou raiva. Geralmente elas não
têm amigos ou, quando têm são bem poucos; existe uma escassez de telefonemas, e-mails,
torpedos, convites para festas, passeios ou viagens com o grupo escolar. Passam a gastar
mais dinheiro do que o habitual na cantina ou com a compra de objetos diversos com o
intuito de presentear os outros. Apresentam diversas desculpas (inclusive doenças físicas)
para faltar às aulas.
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8. E O CONTRÁRIO? O QUE SE PODE NOTAR NO COMPORTAMENTO DE UM
PRATICANTE DE BULLYING?
Na escola os bullies (agressores) fazem brincadeiras de mau gosto, gozações, colocam
apelidos pejorativos, difamam, ameaçam, constrangem e menosprezam alguns alunos. Furtam
ou roubam dinheiro, lanches e pertences de outros estudantes. Costumam ser populares
na escola e estão sempre enturmados. Divertem-se à custa do sofrimento alheio.
No ambiente doméstico, mantêm atitudes desafiadoras e agressivas em relação aos familiares.
São arrogantes no agir,no falar e no vestir, demonstrando superioridade. Manipulam
pessoas para se safar das confusões em que se envolveram. Costumam voltar da escola
com objetos ou dinheiro que não possuíam. Muitos agressores mentem, de forma convincente,
e negam as reclamações da escola, dos irmãos ou dos empregados domésticos.
9. O FENÔMENO BULLYING COMEÇA EM CASA?
Muitas vezes o fenômeno começa em casa. Entretanto, para que os filhos possam ser
mais empáticos e possam agir com respeito ao próximo, é necessário primeiro a revisão do
que ocorre dentro de casa. Os pais, muitas vezes, não questionam suas próprias condutas
e valores, eximindo-se da responsabilidade de educadores. O exemplo dentro de casa é
fundamental. O ensinamento de ética, solidariedade e altruísmo inicia ainda no berço e se
estende para o âmbito escolar, onde as crianças e adolescentes passarão grande parte do
seu tempo.
10. O BULLYING EXISTE MAIS NAS ESCOLAS PÚBLICAS OU NAS PARTICULARES?
O bullying existe em todas as escolas, o grande diferencial entre elas é a postura que
cada uma tomará frente aos casos de bullying. Por incrível que pareça os estudos apontam
para uma postura mais efetiva contra o bullying entre as escolas públicas, que já contam
com uma orientação mais padronizada perante os casos (acionamento dos Conselhos Tutelares,
Delegacias da Criança e do Adolescente etc.).
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11. O ALUNO VÍTIMA DE BULLYING NORMALMENTE CONTA AOS PAIS E PROFESSORES O QUE ESTÁ ACONTECENDO?
As vítimas de bullying se tornam reféns do jogo do poder instituído pelos agressores. Raramente elas pedem ajuda às autoridades escolares ou aos pais. Agem assim, dominadas
pela falsa crença de que essa postura é capaz de evitar possíveis retaliações dos agressores e por acreditarem que, ao sofrerem sozinhos e calados, pouparão seus pais da decepção de ter um filho frágil, covarde e não popular na escola.
12. QUAL É O PAPEL DA ESCOLA PARA EVITAR O BULLYING ESCOLAR?
A escola é corresponsável nos casos de bullying, pois é lá onde os comportamentos agressivos e transgressores se evidenciam ou se agravam na maioria das vezes. A direção da escola (como autoridade máxima da instituição) deve acionar os pais, os Conselhos Tutelares, os órgãos de proteção à criança e ao adolescente etc. Caso não o faça poderá ser responsabilizada por omissão. Em situações que envolvam atos infracionais (ou ilícitos) a escola também tem o dever de fazer a ocorrência policial. Dessa forma, os fatos podem ser devidamente apurados pelas autoridades competentes e os culpados responsabilizados. Tais procedimentos evitam a impunidade e inibem o crescimento da violência e da criminalidade
infantojuvenil.
13. COMO É O BULLYING NAS ESCOLAS BRASILEIRAS, EM COMPARAÇÃO A OUTRAS, DOS ESTADOS UNIDOS OU DA EUROPA? ALGUMA CARACTERÍSTICA ESPECÍFICA?
Em linhas gerais o bullying é um fenômeno universal e democrático, pois acontece em todas as partes do mundo onde existem relações humanas e onde a vida escolar faz parte do cotidiano dos jovens. Alguns países, no entanto, apresentam características peculiares na manifestação desse fenômeno: nos EUA, o bullying tende a apresentar-se de forma mais grave com casos de homicídios coletivos, e isso se deve à infeliz facilidade que os jovens americanos possuem de terem acesso as armas de fogo. Nos países da Europa, o
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bullying tende a se manifestar na forma de segregação social a até da xenofobia. No Brasil, observam-se manifestações semelhantes às dos demais países, mas com peculiaridades locais: o uso de violência com armas brancas ainda é maior que a exercida com armas de fogo, uma vez que o acesso a elas ainda é restrito a ambientes sociais dominados pelo narcotráfico. A violência na forma de descriminação e segregação aparece mais em escolas particulares de alto poder aquisitivo, onde os descendentes nordestinos, ainda que economicamente favorecidos, costumam sofrer discriminação em função de seus hábitos, sotaques ou expressões idiomáticas típicas. Por esses aspectos é necessário sempre analisar,
de maneira individualizada, todos os comportamentos de bullying, pois as suas formas diversas podem sinalizar com mais precisão as possíveis ações para a redução dessas variadas expressões da violência entre estudantes.
14. QUAL A INFLUÊNCIA DA SOCIEDADE ATUAL NESTE TIPO DE COMPORTAMENTO?
O individualismo, cultura dos tempos modernos, propiciou essa prática, em que o ter é muito mais valorizado que o ser, com distorções absurdas de valores éticos. Vive-se em tempos velozes, com grandes mudanças em todas as esferas sociais. Nesse contexto, a educação tanto no lar quanto na escola se tornou rapidamente ultrapassada, confusa, sem parâmetros ou limites. Os pais passaram a ser permissivos em excesso e os filhos cada vez mais exigentes, egocêntricos. As crianças tendem a se comportar em sociedade de acordo com os modelos domésticos. Muitos deles não se preocupam com as regras sociais, não refletem sobre a necessidade delas no convívio coletivo e, nem sequer se preocupam com as consequências dos seus atos transgressores. Cabe à sociedade como um todo transmitir às novas gerações valores educacionais mais éticos e responsáveis. Afinal, são estes jovens que estão delineando o que a sociedade será daqui em diante. Auxiliá-los e conduzi-los na construção de uma sociedade mais justa e menos violenta, é obrigação de todos.
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15. COMO OS PAIS E PROFESSORES PODEM AJUDAR AS VÍTIMAS DE BULLYING A SUPERAR O SOFRIMENTO?
A identificação precoce do bullying pelos responsáveis (pais e professores) é de suma importância. As crianças normalmente não relatam o sofrimento vivenciado na escola, por medo de represálias e por vergonha. A observação dos pais sobre o comportamento dos filhos é fundamental, bem como o diálogo franco entre eles. Os pais não devem hesitar em buscar ajuda de profissionais da área de saúde mental, para que seus filhos possam superar
traumas e transtornos psíquicos.
Outro aspecto de valor inestimável é a percepção do talento inato desses jovens. Os adultos
devem sempre estimulá-los e procurar métodos eficazes para que essas habilidades possam resgatar sua autoestima, bem como construir sua identidade social na forma de uma cidadania plena.

É uma dificuldade primária do aprendizado abrangendo: leitura, escrita, e soletração ou uma combinação de duas ou três destas dificuldades. Caracteriza-se por alterações quantitativas e qualitativas, total ou parcialmente irreversíveis . É o distúrbio (ou transtorno) do aprendizado mais freqüentemente identificado na sala de aula. A dislexia não é o resultado de má alfabetização, desatenção, desmotivação, condição sócio-econômica ou baixa inteligência. Ela pode atingir igualmente pessoas das raças branca, negra ou amarela, ricas e pobres, famosas ou anônimas, pessoas inteligentes ou aquelas mais limitadas.
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Dificuldades, transtornos e disturbios de aprendizagem.

O Transtorno de Aprendizagem __ É a inabilidade específica na leitura, na expressão escrita ou na matemática em indivíduos que apresentam resultado abaixo do esperado para seu nível de desenvolvimento, escolaridade capacidade intelectual. ( American Psychiatric Association, 1994 ).

Os Transtornos de Aprendizagem afetam a habilidade da pessoa de falar, escutar, ler, escrever, soletrar, pensar, recordar, organizar informações ou aprender a matemática. Os transtornos de aprendizagem não podem ser curados. Duram para a vida toda.

A Dificuldade de Aprendizagem está relacionada a vários fatores como:
  Fatores Emocionais;
  Fatores Orgânicos;
  Fatores Específicos;
  Fatores Ambientais.
Deve-se considerar também aspectos psíquicos, que em muitos casos são responsáveis pelo baixo rendimento escolar.
A aprendizagem depende basicamente da motivação. Muitas vezes o que se chama de dificuldade de aprendizagem é basicamente "dificuldade de ensino". Cada indivíduo aprende de uma forma diferente, conforme seu canal perceptivo preferencial. Quando o que lhe é ensinado não o motiva suficientemente, ou lhe chega de forma diferente de seu canal preferencial (de acordo com o canal preferencial de quem lhe ensina), então a compreensão ou o aprendizado não se completa.
 A massificação do ensino tem contribuído muito ao aparecimento e aumento dos "distúrbios de aprendizagem".
Quando a aprendizagem não se desenvolve conforme o esperado para a criança, para os pais e para a escola ocorre a "dificuldade de aprendizagem".  É necessário a identificação do problema, esforço, compreensão, colaboração e flexibilização de todas as partes envolvidas no processo: criança, pais, professores e orientadores.
O que se vê normalmente é a criança desestimulada, achando-se "burra", sofrendo, os pais sofrendo, pressionando a criança e a escola, pulando de escola em escola, e esta pressionando a criança e os pais, todos insatisfeitos.
É necessário o reconhecimento do problema por um profissional adequado, com treino específico da dificuldade a fim de que a criança supere suas dificuldades, com esforço, colaboração da família e da escola em conjunto acompanhando as etapas de evolução da criança.



Conheça alguns distúrbios ou transtornos:



DISLALIA

É o transtorno de linguagem mais comum em crianças e o mais fácil de se identificar. A dislalia é um distúrbio da fala que se caracteriza pela dificuldade de articulação de palavras: o portador da dislalia pronuncia determinadas palavras de maneira errada, omitindo, trocando, transpondo, distorcendo ou acrescentando fonemas ou sílabas a elas.
Quando se encontra um paciente dislálico, deve-se examinar os órgãos da fala e da audição a fim de se detectar se a causa da dislalia é orgânica (mais rara de acontecer, decorrente de má-formação ou alteração dos órgãos da fala e audição), neurológica ou funcional (quando não se encontra qualquer alteração física a que possa ser atribuída à dislalia).
A dislalia também pode interferir no aprendizado da escrita tal como ocorre com a fala.
A maioria dos casos de dislalia ocorre na primeira infância, quando a criança está aprendendo a falar. As principais causas, nestes casos, decorrem de fatores emocionais, como, por exemplo, ciúme de um irmão mais novo que nasceu, separação dos pais ou convivência com pessoas que apresentam esse problema (babás ou responsáveis, por exemplo, que dizem “pobrema”, “Framengo”, etc.), e a criança acaba assimilando essa deficiência.
É o transtorno de linguagem mais comum em meninos, e o mais conhecido e mais fácil de se identificar. Pode apresentar-se entre os 3 e os 5 anos, com alterações na articulação dos fonemas. O diagnóstico de um menino com dislalia, revela-se quando se nota que é incapaz de pronunciar corretamente os sons vistos como normais segundo sua idade e desenvolvimento. Uma criança com dislalia, pode substituir uma letra por outra, ou não pronunciar consoantes.



DISGRAFIA
 Disgrafia é uma alteração da escrita normalmente ligada a problemas perceptivo-motores. Sabe-se que é necessário adquirir certo desenvolvimento ao nível de:
·                                 coordenação visuo-motora para que se possam realizar os movimentos finos e precisos que exigem o desenho gráfico das letras;
·                                 da linguagem, para compreender o paralelismo entre o simbolismo da linguagem oral e da linguagem escrita;
·                                 da percepção que possibilita a discriminação e a realização dos caracteres numa situação espacial determinada; cada letra dentro da palavra, das palavras na linha e noa conjunto da folha de papel, assim como o sentido direccional de cada grafismo e da escrita em geral.
 A escrita disgráfica pode observar-se através das seguintes manifestações:
- traços pouco precisos e incontrolados;
- falta de pressão com debilidade de traços;
- ou traços demasiado fortes que vinquem o papel;
- grafismos não diferenciados nem na forma nem no tamanho;
- a escrita desorganizada que se pode referir não só a irregularidades e falta de ritmo dos signos gráficos, mas também a globalidade do conjunto escrito;
- realização incorrecta de movimentos de base, especialmente em ligação com problemas de orientação espacial, etc.
 
DISLEXIA
A dislexia tem sido relacionada a fatores genéticos, acometendo pacientes que tenham familiares com problemas fonológicos, mesmo que não apresentem dislexia. As alterações ocorreriam em um gene do cromossomo 6 . A dislexia, em nível cognitivo- lingüístico, reflete um déficit no componente específico da linguagem , o módulo fonológico, implicado no processamento dos sons da fala.
Sinais indicadores de dislexia:
A dificuldade de ler, escrever e soletrar mostra-se por dificuldades diferentes em cada faixa etária e acadêmica.

cora� m : n ��� �J in: 0px; padding: 0px; border: none; font-size: medium; "> A escrita disgráfica pode observar-se através das seguintes manifestações:
traços pouco precisos e incontrolados;
falta de pressão com debilidade de traços;
ou traços demasiado fortes que vinquem o papel;
grafismos não diferenciados nem na forma nem no tamanho;
a escrita desorganizada que se pode referir não só a irregularidades e falta de ritmo dos signos gráficos, mas também a globalidade do conjunto escrito;
realização incorrecta de movimentos de base, especialmente em ligação com problemas de orientação espacial, etc.
DISORTOGRAFIA
 A disortografia consiste numa escrita, não necessariamente disgráfica, mas com numerosos erros, que se manifesta logo que se tenham adquirido os mecanismos da leitura e da escrita.
Um sujeito é disortográfico quando comete um grande número de erros. Entre os diversos motivos que podem condicionar uma escrita desse tipo, destacamos os seguintes:
  • Alterações na linguagem: um atraso na aquisição e/ou no desenvolvimento e utilização da linguagem, junto a um escasso nível verbal, com pobreza de vocabulário (código restrito), podem facilitar os erros de escrita.

Dentro desta área estão os erros originados por uma alteração específica da linguagem, como são os casos das dislálias e/ou disartrias.

  • Erros na percepção, tanto visual como auditiva: fundamentalmente estão baseados numa dificuldade para memorizar os esquemas gráficos ou para discriminar qualitativamente os fonemas.
  • Falhas de atenção: se esta é instável ou frágil, não permite a fixação dos grafemas ou dos fonemas correctamente.
  • Uma aprendizagem incorrecta da leitura e da escrita, especialmente na fase de iniciação, pode originar lacunas de base com a consequente insegurança para escrever. Igualmente, numa etapa posterior, a aprendizagem deficiente de normas gramaticais pode levar à realização de erros ortográficos que não se produziriam se não existissem lacunas no conhecimento gramatical da língua.
Muitas destas alterações entroncam a disortografia com a dislexia, ao ponto de, para muitos autores, a disortografia ser apontada como uma sequela da dislexia.
TDAH
O TDAH - Déficit de Atenção é uma condição de base orgânica, que tem por principais características dificuldades em manter o foco da atenção, controle da impulsividade e a agitação - que é a hiperatividade. É também chamado de DDA, THDA, TDAHI, entre outras siglas. 

O que significa “base orgânica”? Significa que, nos portadores do TDAH, há uma estrutura cerebral que não “trabalha” como seria esperado. Esta estrutura é chamada de lobo pré-frontal - é uma área do córtex cerebral localizada na parte da frente da cabeça, entre a testa e o meio do crânio. Esta área é formada por milhões de células cerebrais, chamadas neurônios. Quando o córtex pré-frontal tem seu funcionamento comprometido, a pessoa passa a enfrentar muitas dificuldades, entre elas problemas com concentração, memória,hiperatividade e impulsividade.
O diagnóstico do TDAH (DDA) - Déficit de Atenção começa com uma extensa análise clínica do caso por um especialista em TDAH e co-morbidades, quando são analisadas as características cognitivas, comportamentais e emocionais relacionadas à presença ou não da impulsividade, hiperatividade e impulsividade.

A partir daí, a depender das características do caso, o especialista pode solicitar outros testes e exames, desde exames físicos até avaliação cognitiva, neuropsicológica, comportamental e/ou emocional. Conheça os procedimentos do IPDA e programas de avalição / testes paraDiagnóstico Diferencial.

O diagnóstico do TDAH não deve ser baseado exclusivamente em listas de sintomas - apenas ter muitos dos sintomas não significa que, necessariamente, alguém é portador do TDAH. Há várias outras causas que podem mimetizar os sintomas do TDAH ou até mesmo ocorrerem simultaneamente a ele - o que é chamado de co-morbidade. Além disso, há mais de um tipode TDAH. 

        Um bom diagnóstico é pré-requisito para o sucesso do tratamento.  Um diagnóstico completo só pode ser realizado por um especialista. Se houver suspeita de TDAH, procure um profissional especializado para uma avaliação completa. Somente um especialista podera excluir outros problemas que podem mimetizar os sintomas de TDAH, como falta de atenção, hiperatividade física ou mental, impulsividade, falta de auto-controle, problemas com memória, organização, gerenciamento do tempo, etc. 
FONTE: http://www.dda-deficitdeatencao.com.br



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